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Atlas das Emoções

para a Paz Interior

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O projecto, financiado pelo Dalai Lama custou cerca de 750.000 dólares, e foi conduzido e desenvolvido por Paul Ekman que contou com o apoio de 149 cientistas da emoção, neurocientistas e psicólogos, figuras de referência nos seus campos, com vista a procurarem um consenso sobre a natureza das emoções, os estados de ânimo e áreas relacionadas.

A propósito deste trabalho. Ekman relembrou o Dalai Lama dizendo-lhe: “Quando queríamos chegar ao Novo Mundo, precisámos de um mapa. Então, faça-se um mapa das emoções para que possamos chegar a um estado calmo ”.

Com base na pesquisa, Paul Ekman concluiu existirem cinco categorias de emoções - raiva, medo, repúdio, tristeza e alegria - tendo cada uma um elaborado subconjunto de estados emocionais, gatilhos, acções e estados de ânimo. Estas conclusões foram encaminhadas para a Stamen, empresa de cartografia e visualização de dados, para criar um sistema intuitivo e visualmente apelativo.

O fundador da Stamen, Eric Rodenbeck, que foi o responsável pela criação de visualizações de dados para a Google, o Facebook e a MTV referiu que este foi o projecto mais desafiador em que trabalhou porque foi "construído tendo por base o conhecimento e a sabedoria, em vez de dados".

Mas chegar a um consenso sobre as emoções humanas não foi fácil.

Dacher Keltner, professor de psicologia na Universidade da Califórnia, em Berkeley, que também foi consultor da Pixar para a definição dos personagens no filme “Divertida-Mente” não está completamente de acordo sobre o número de emoções fundamentais. Considerando que "as perguntas da pesquisa poderiam ter permitido mais áreas cinzas, mas é importante avaliar o que é o consenso científico no campo". Ainda assim, Keltner disse que viu o projecto como um bom passo.

Ekman refere que o Atlas das Emoções não é um trabalho científico destinado à avaliação de especialistas e sim “uma visualização do que achamos que aprendemos com os estudos científicos. É um processo de transformação, um trabalho de explicação."

Dalai Lama, com 80 anos, embora entusiasmado com o projecto sente-se mais à vontade folheando as páginas impressas de uma versão feita especialmente para si, dizendo em tom de brincadeira aos investigadores “a tecnologia é para o meu próximo corpo”.

O líder budista afirma ainda sobre este projecto que ainda há pouco "a compaixão era uma espécie de sinal de fraqueza e a ira um sinal de poder, de força. A natureza humana é basicamente compassiva. É aí que reside a nossa esperança”.

Tradução livre e adaptada do artigo feita por Sara Ribeiro:

https://www.nytimes.com/2016/05/07/world/dalai-lama-website-atlas-of-emotions.html?_r=0

O Mapa das Emoções

O Dalai Lama que incansavelmente fala sobre a paz interior encomendou a um grupo de cientistas uma missão ambiciosa: ajudar a transformar as pessoas em seres humanos mais conscientes e compassivos.

"Temos, por natureza ou biologicamente, emoções destrutivas e emoções  construtivas", disse o Dalai Lama. “As pessoas deviam prestar mais atenção ao seu interior, desde o jardim-de- infância até à universidade. E este trabalho não é apenas pelo conhecimento, o propósito é criar um ser humano feliz, famílias felizes, comunidades felizes e, finalmente, uma humanidade feliz. ”

Especificamente, ele recorreu ao seu amigo Paul Ekman - psicólogo que aconselhou os criadores do filme de animação da Pixar “Divertida-Mente”, cuja acção se passa dentro da cabeça de uma menina - para mapear a gama de sentimentos humanos, que Ekman, mais tarde, sintetizou em cinco emoções básicas descritas no filme, da raiva à alegria.

O líder tibetano pediu que fosse feito um                                                 para ajudar os mais de sete biliões de pessoas no planeta a navegar no imenso mundo das suas emoções sentimentos para alcançar a paz e a felicidade.

O Dalai Lama quer manter a religião fora deste projecto. "Se olharmos esta pesquisa associada a alguma crença ou tradição, automaticamente ela tornar-se-à limitada.” O Dalai Lama disse esperar que o Atlas das Emoções possa ser uma ferramenta para cultivar o bem no mundo, e derrotar o mal dentro de nós. "Em última análise, a nossa emoção é a causa dos problemas." e "temos que conhecer a natureza desse inimigo."

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